Seja você um entusiasta da arquitetura e decoração ou alguém procurando entrar nesse universo, alinhemos que a iluminação é um tema essencial. Ela pode transformar completamente a atmosfera de um ambiente, impactar no seu humor e até influenciar a nossa percepção da vida. Neste artigo, vamos além das simples fitas de LED e da escolha entre luz “branca ou amarela”.
Foto: Exemplo de abajur de mesa com iluminação difusa, Acoá Arquitetura
1. Tipos de iluminação
Em resumo, podemos destacar très tipos principais de iluminação: difusa, direta e indireta.
a. iluminação difusa (para iluminação geral)
Este é o uso mais básico e fundamental da luz, presente em quase todos os ambientes. Normalmente, é fácil de identificar como a iluminação central do espaço, que costuma ser proveniente de luminárias no teto. É muito associada a plafons.
No Acoá, esse tipo de iluminação está sempre presente. No projeto de churrasqueira VCF, assim como no living SR, solucionamos de forma bastante contemporânea, com o uso de perfil de LED embutido no forro. Já no banheiro de Athos, seguimos um caminho mais tradicional, de um único plafon no centro do espaço.
Foto: Projeto VCF, Acoá Arquitetura
Foto: Projeto SR, Acoá Arquitetura
No entanto, apesar de sua praticidade e custo-benefício, a iluminação difusa pode não ser a mais adequada para momentos de descanso, além de ser pouco flexível e propensa a criar sombras desagradáveis.
b. iluminação direta (para tarefas ou funções específicas)
Conhecida como a iluminação de ambientes de trabalho. Existem cálculos que podem ser feitos para atingir-se os níveis ideais de iluminação, mas não é sempre que requerem uma atenção tão complexa quanto se pode imaginar: basta partir do princípio, em casos residenciais, de que certas atividades não combinam com sombra ou penumbra. Por exemplo em escritórios ou espaços de estudo, é sempre interessante pensar em alguma solução luminotécnica que estimule e acentue a tarefa a ser executada.
No projeto AYA, fizemos uma solução que é bastante minimalista, e evita um excesso de informações, já que o ambiente é carregado pela estampa do papel de parede, e saturação da pintura verde. A iluminação de tarefa é protagonizada por um perfil de led embutido na prateleira em marcenaria, que está diretamente sobre a bancada de trabalho. Paralelamente, no quarto de visitas/escritório do projeto JTR, seguimos o caminho mais comum de adicionar um abajur de mesa.
Foto: Projeto AYA Acoá Arquitetura
Foto: Projeto JTR, Acoá Arquitetura
A iluminação de tarefa é vantajosa para estimular a produtividade e despertar. O que não é sempre interessante sobre esse tipo de iluminação é que, idealmente, exige um projeto luminotécnico apropriado.
c. iluminação direta (para destaque)
Também chamada de iluminação de acentuação, essa é a forma de iluminar destaca elementos específicos do espaço, como obras de arte ou produtos em uma loja. Por mais que soe como distante ou pouco comum, espaços residenciais incorporam bastante dessa iluminação, especialmente com o uso de spots (projetores) ou com fitas de led, realçando quadros e objetos decorativos.
Na sala de estar do projeto JTR, usamos um sistema linear que combina trechos de fita de led difusa, que criam uma iluminação geral, com spots direcionáveis, os quais podem ser apontados para as paredes, de forma a acentuar quadros. Outra forma de se dar destaque com a iluminação é a da brinquedoteca do projeto VCF, na qual especificamos spots fixos, embutidos nos forros dos nichos, de forma a chamar a atenção das crianças para os diferentes “subambientes” do espaço.
Foto: Projeto JTR, Acoá Arquitetura
Foto: Projeto VCF, Acoá Arquitetura
A iluminação de destaque, além de valorizar elementos relevantes do seu espaço, tem a vantagem de que, dependendo da sua aplicação, pode funcionar como iluminação indireta também. Contudo, assim como a iluminação de tarefa, exige especificações devidamente planejadas em projeto.
d. iluminação indireta
A iluminação indireta é caracterizada pela ausência de fontes de luz visíveis, criando uma atmosfera acolhedora e relaxante, já que poupa a visão de feixes diretos. São inúmeras as possibilidades, pois é sempre uma questão de ponto de vista: uma iluminação de destaque, como por exemplo uma fita de led embutida em uma prateleira, será direta para o objeto exposto e indireta na consideração geral do ambiente.
Um dos projetos mais recentes do escritório, o estúdio Athos, apresenta bons exemplos dessas possibilidades de iluminação indireta. Criamos um cortineiro iluminado, o qual direciona a luz para o tecido da cortina, valorizando esse elemento, e permitindo a sensação de descanso. Ao mesmo tempo, na parte da cozinha, a fita de LED embutida na marcenaria funciona como iluminação direta de trabalho na bancada mas também pode ser considerada indireta, por estar “escondida”.
Foto: Projeto ATHOS, Acoá Arquitetura
Foto: Projeto ATHOS, Acoá Arquitetura
Embora, na maioria dos casos, demande mão de obra especializada para a instalação, oferece conforto visual e destaca elementos arquitetônicos e decorativos.
2. Como escolher a iluminação certa para seu espaço?
Ao desenvolver um projeto luminotécnico, sempre nos deparamos com três questões básicas:
a. qual a função do espaço em questão?
Começamos pelo mais básico: o que é o espaço. Exemplos: um banheiro ou um dormitório.
b. quais tarefas ou necessidades podem ser beneficiadas por uma boa iluminação neste local?
Uma vez entendido o uso do ambiente, podemos validar quais atividades podem ser executadas ali, e como a iluminação ajuda. No caso do banheiro, ele será utilizado diariamente de forma utilitária ou é um lavabo que atenderá a visitantes com alguma formalidade? Num dormitório, pode-se questionar a necessidade de um canto de leitura ou de iluminação para ser acionada à noite para iluminar o caminho ao banheiro.
c. individualmente, qual estratégia de iluminação pode adotar para otimizar as funções a serem executadas?
Finalmente, pode-se debruçar sobre qual a demanda de tipo de iluminação para cada uma das tarefas listadas anteriormente. Um lavabo pode bastar-se com iluminação indireta, enquanto um banheiro de uso mais prático já demanda minimamente um sistema difuso, geral.
Foto: Projeto NMT, Acoá Arquitetura
O tema Iluminação é muito extenso e merece toda a atenção possível! Não só valoriza o seu espaço, como também auxilia nas tarefas do seu dia a dia. Também seria importante considerar temperatura da luz, índice de reprodução de cor, intensidade, e muitas outras características super técnicas, porém o mais importante é saber qual o objetivo do projeto luminotécnico. Comente para sabermos se você teria interesse, e podemos nos aprofundar nesses e outros pontos sobre iluminação.
Lembre-se: uma boa iluminação vai além de simplesmente iluminar um espaço. Entre em contato conosco para saber como podemos valorizar os seus espaços e transformar a sua vida.
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